"Chega mais, amigo! Sente-se logo à mesa, afina teu violão e cante comigo a canção que fiz pra vencer a tristeza."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Logo Eu

Logo eu, meu bem,
que não valho um vintém
e tu me dás amor.
Logo eu, morena,
que de ti não tenho pena
e só lhe causo dor.

Me farto da madrugada,
e me esperas acordada,
haja o que houver.
Esquentas meu jantar,
sem ao menos se queixar,
uma noite sequer.

Perco todo meu dinheiro,
num golpe de bicheiro,
e tu rezas por melhora.
Depois sem desculpa,
jogo em ti toda culpa
e lhe mando embora.

A maloca fica fria,
sem cuidado e companhia,
sem café e sem jantar
E de noite tão sozinho,
sem amor e sem carinho,
só de ti irei lembrar.

Mas você já cansada,
de tanto ser maltratada,
jurou me esquecer.
Cedo me ponho a andar,
e pra ti quero voltar,
doe o que doer.

E agora não lhe importa,
se eu bato tua porta,
ao buscar o teu perdão.
Se pergunto se acreditas,
que eu já mudei de vida,
você vai dizer não.

Então eu caio de joelho,
com tamanho destrambelho,
sem mudar o meu olhar.
Te prometo ser fiel,
do bolso tiro um anel,
e me ponho a chorar.

Ao jurar amor eterno,
choras em meu terno,
e seguras minha mão.
Te abraço então eu digo,
por teu amor não há perigo
pois já tens meu coração.

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