Deixe estar, meu amor
que o mundo passeia errado
De tanto que gira, perdeu o rumo
Não me deu prumo
Fez-me um pobre coitado
Não se afobe se o tempo fechar
Se o retorno atrasar
Que a saudade suplique
Visito-a ao cansar da noite
Sempre nos cantos de um samba triste
Não vacile na frente da dor
O resquício de amor
Que ainda resiste
Levanta este samba arrastado
Encurta a distância que tanto insiste
E se o telefone não chama
A criança reclama
Por favor, explique
Aqui o trabalho é árduo
O tempo é curto e o bolso, triste
E quando o mês terminar
De geladeira vazia e mesa sem requinte
Requente a esperança
E brinque para distrair a fome
Que tanto aflige
E quando o sonho hesitar
Você vai notar, mesmo que distante
Que eu estou pra chegar
Pelo cheiro no ar
Do seu retirante
E para o peito acalmar
A fome passar com essa dor lancinante
Volto para ficar
No seu paladar
Por mais que um instante
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário