Enforcado nos fios de cabelo daquela que dorme ao meu lado,
Tenho o bocejar sufocado pelo desejo sôfrego de sustar o tempo.
Com os olhos laqueados pelo sol que invade o quarto,
Vejo ao léu retratos da noite já descortinada.
Peças de roupas jogadas, os móveis desordenados, a fragrância do prazer despejada pelo cômodo.
Um leve incômodo, a modorra do braço prensado sob um corpo sem nome.
O alimento fugaz da intrépida dama,
Insana.
A fome por estima do homem falto,
Escaldo.
Compulsivo por prazer,
Apaixonado pelo acaso,
Na insanidade de quem ama estar só.
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